Vitamina K

18/06/2021

As vitaminas K correspondem a um grupo específico de vitaminas lipossolúveis, que ocorrem na natureza em duas formas: a filoquinona e a menaquinona. A filoquinona, principal representante do grupo, é amplamente encontrada em vegetais folhosos como couve, brócolis e espinafre; enquanto as menaquinonas por sua vez, são encontradas principalmente em alguns alimentos de origem animal, com destaque para aves e ovos, mas ocorrendo principalmente em alimentos fermentados, podendo também ser produzidas por bactérias constituintes da microbiota intestinal do corpo humano.

Ambas as vitaminas estão intimamente relacionadas com a regulação de processos  como a coagulação do sangue e a manutenção da saúde dos ossos, e, embora ambas as formas das vitaminas sejam capazes de atuar regulando ambos estes processos, é necessário destacar que elas se diferenciam em sua especificidade. A protrombina, por exemplo, é uma proteína majoritariamente regulada pela vitamina K1 e está diretamente envolvida na coagulação do sangue, enquanto a osteocalcina (cuja atividade é regulada principalmente pela vitamina K2) é fundamental para a produção e manutenção de um tecido ósseo saudável nos humanos, agindo em conjunto com os íons Cálcio e a Vitamina D3.

As vitaminas K são encontradas em todo o corpo, com destaque para o fígado, cérebro, coração, pâncreas e ossos.

Devido à capacidade de atuação nas mesmas vias metabólicas, as legislações nacional e internacional não diferenciam as quantidades diárias recomendadas de ingestão para as vitaminas K. Abaixo estão discriminados seus consumos diários conforme grupo etário:

 

 

A deficiência de vitaminas K em adultos, oriunda de carências nutricionais, embora rara, pode ser significativa uma vez que a biodisponibilidade de vitamina K1, que representa aproximadamente 90% do total de vitamina K ingerida, é baixa; menos de 20% do consumido é absorvido pelo corpo. Além disso, as dietas ocidentais são deficientes em vitamina K2. Entretanto, os  quadros mais comuns de deficiência são normalmente desenvolvidos  a partir do uso contínuo de medicamentos que interferem no metabolismo das vitaminas K, com destaque especial à varfarina, e a alguns antibióticos, cujo uso prolongado pode impactar negativamente na microbiota intestinal responsável por produzir parte da vitamina K que consumimos. Condições que causem a má-absorção de nutrientes, como fibrose cística, pancreatite crônica ou doenças hepáticas, também são fatores importantes para o desenvolvimento ou agravamento do quadro. Em bebês a deficiência pode ocorrer com maior frequência,  já que as vitaminas deste grupo não são transferidas com facilidade através da placenta, ou do leite, independente dos níveis nutricionais da mãe.

Os principais quadros desenvolvidos a partir da deficiência de Vitaminas K são diretamente relacionados à ineficiência dos processos relacionados anteriormente, com o desenvolvimento de hemorragias, extensão do tempo de coagulação, perda gradual de massa óssea (osteopenia) e osteoporose.

Sendo um grupo de vitaminas lipossolúveis, torna-se uma excelente sugestão consumir as folhas verdes e vegetais acompanhadas de alguma fonte de gordura como azeite e pedaços de abacate, a fim de melhorar sua absorção. A suplementação de vitamina K2, principalmente para países do Ocidente, também é uma opção bastante interessante. Para mais informações sobre a vitamina K2, clique aqui.

 

  1. National Institutes of Health Office of Dietary Supplements. “Vitamin K – Fact Sheet for Health Professionals”. Disponível em: https://ods.od.nih.gov/factsheets/VitaminK-HealthProfessional/. Publicado em: 29 de Março de 2021. Acesso em: 21/06/2021.
  2. Weber P. “Vitamin K and Bone Health”. Nutrition – Volume 17, Edições 11 – 12, Novembro de 2001. Disponível em:https://doi.org/10.1016/S0899-9007(01)00709-2. Acesso em: 21/06/2021.
  3. Feskanich D, Weber P, Willett WC, Rockett H, Booth SL, Colditz GA. “Vitamin K intake and hip fractures in women: a prospective study”. American Journal of Clinical Nutrition. DOI: 10.1093/ajcn/69.1.74. Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9925126/. Acesso em: 21/06/2021.
  4. Booth SL, Tucker KL, Chen H, et al. “Dietary vitamin K intakes are associated with hip fracture but not with bone mineral density in elderly men and women”. American Journal of Clinical Nutrition – Volume 71, Edição 5, 01 de Maio de 2000, p. 1201 – 1208. Disponível em: https://academic.oup.com/ajcn/article/71/5/1201/4729293. DOI: https://doi.org/10.1093/ajcn/71.5.1201. Acesso em: 21/06/2021
  5. Booth SL, Broe KE, Gagnon DR, et al. “Vitamin K intake and bone mineral density in women and men”. American Journal of Clinical Nutrition – Volume 77, Edição 2, 01 de Fevereiro de 2003, p. 512 – 516. DOI: https://doi.org/10.1093/ajcn/77.2.512. Disponível em: https://academic.oup.com/ajcn/article/77/2/512/4689716. Acesso em: 21/06/2021.
  6. Kappa Bioscience. “The different vitamins in the  K family”. Disponível em: https://www.kappabio.com/brochures/different-forms-of-k/#c398. Acesso em: 21/06/2021.

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